domingo, 31 de maio de 2015

The Old Lady From The Lake


A velha senhora do lago
nadava num raro dia quente de inverno.
A água estava tão clara, 
límpida, 
cristalina, 
refrescante...
nova.
Mas ninguém sabia 
os problemas que ela havia passado - visto.

O sol estava alto,
quando ela segurou 
seu rosto 
- com suas mãos -
chorou.

O tempo passa amiúde,
enquanto você não sabe...
Pessoas perdem seus cérebros.
Os anos passam
vagarosamente
quando a felicidade
não mora mais aqui.

Quem estava ela enganando?
Essa não era a vida
que gostaria para si mesma,
que esperava 
para sua pessoa.

A senhora velha do lago,
secou sua face,
Sacudiu sua cabeça
*cabelos e ouvidos ao vento*
& voltou para a vida
que todos vivem.

O sol crepusculejava
quando tudo isso ocorreu.

Rodrigo Chagas

31/05/15.

sábado, 30 de maio de 2015

Poema que havia esquecido...

Interlúdio

Dia desses
adormeci na cama,
senti frio
e não havia um cobertor
para aquecer-me.
Então... 
pensei em...
cobrir-me 
com a coberta,
que envolvia o colchão,
mas a cama 
ficaria desforrada.
Encolhi-me
e passei 
o frio da noite
entre meus próprios braços.

Hoje 
tenho um edredom
- faz muito calor -
& ele torna-se
desnecessário
para aquecer o meu corpo,
uso-o para cobrir os meus olhos
e deixar ainda mais obscurecidos
os meus devaneios...
mas então
é aí
que você aparece
para tirar meu sono 
dos meus pensamentos.

Já é dia
& nem o sol
& nem o cobertor
irão me servir para mais nada,
pois já é denso o meu pensamento,
e isso obscurece
a minha falta de penumbra.


Rodrigo Chagas
25/05/15.