terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Poema novo que acabei de escrevinhar...sem corrigir...


Bolsos Vazios de um homem morto,
que a vida a tudo levou,
condenaram-no a viver
embora já esteja: 
morto.

Um monge
dilacera suas costas
com um chicote ensanguentado.

O corpo de Jesus
passa em minha porta
num caixão de vidro
numa fúnebre procissão
30 anos atrás.

Padres de capuzes e beatas 
entoam hinos católicos...
Ainda me chamam 
de mórbido...

Joelhos rasgados
rastejam penitências
nos paralelepípedos.

Falta luz,
os pisca-piscas 
do natal
se vão,
deixando
numa penumbra
natalina
minha ceia
de ano novo.

Rodrigo Chagas
24/12/14.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Oxi-gênio.

Tentei
tragar
pelo
meu
peito tísico
toda 
poluição 
da atmos-fera.
Procurando
por novos 
ares
esqueci-me
de esvaziar
em
plenos 
pulmões
novos
lugares.

Rodrigo Chagas
23/05/14.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Canteiro


Seu sorriso franco,
pegou-me no tranco,
bem de lado,
de flanco...
Diziam as propagandas,
que sorrisos
deviam ser brancos, 
mas os meus
meio 
amarelados

obturados
são antigos,
mais que velhos,
obsoletos...
Sorrio
de canto,
com rosas
abandonadas.

Rodrigo Chagas.
14/02/14.