terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Poema novo que acabei de escrevinhar...sem corrigir...


Bolsos Vazios de um homem morto,
que a vida a tudo levou,
condenaram-no a viver
embora já esteja: 
morto.

Um monge
dilacera suas costas
com um chicote ensanguentado.

O corpo de Jesus
passa em minha porta
num caixão de vidro
numa fúnebre procissão
30 anos atrás.

Padres de capuzes e beatas 
entoam hinos católicos...
Ainda me chamam 
de mórbido...

Joelhos rasgados
rastejam penitências
nos paralelepípedos.

Falta luz,
os pisca-piscas 
do natal
se vão,
deixando
numa penumbra
natalina
minha ceia
de ano novo.

Rodrigo Chagas
24/12/14.