terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Algum dia do 1o semestre de 2003.


Aí você não tem dinheiro, lugar nenhum p/ir,
vai ao banheiro e se masturba um pouco, pelo hábito, para conseguir alguns minutos/segundos de relaxamento...
Alguns fumam ganja, outros bebem...
Eu prefiro a prática citada a 4 linhas acima.
Praguejo como um velho, reclamo das mesmas coisas. Um amigo fala que escrevo poemas baratos, de 1 R$, antes fosse 1 real, pois agora só tenho 0,30 cent$. Mas algumas amigas gostam, alguns amigos também, isso dá p/você continuar escrevendo p/algum dia alguém ler e tentar ser como você foi ao ler seus "heróis", "heroínas", que te salvaram. Você conversa com eles compartilhando esses momentos. Acha que tem que sofrer e ter todo esse clima melancólico p/criar. Ó maldito pensamento romântico que nos impede de crescer. Você tenta fazer um texto imortal, mas milhares já fizeram bem melhor que você, Km de distância de sua prosa barata de 1 real.
Daí você se cansa, pensa em pessoas que escrevem bem pacas vão ler isso e achar uma merda...
Paro de escrever e vou terminar de ouvir o cd do Tom Waits que rola...
.... e tentar pegar o fim da rebarba de um orgasmo solitário numa rara tarde fria e cinzenta na capital baiana, na soterópolis, que me encontro e só, pronto.
Rodrigo Chagas você precisa de uma namorada que não cobre caro...             









Rodrigo Chagas, 2003.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário