terça-feira, 11 de janeiro de 2011

II pseudo-poemas que nunca corrigi:


"O último Pseudo-Poema de minha Vida" (Assim eu acho).

Nós éramos tão jovens & tolos, meu caro
tocando & ouvindo velhas canções
escrevendo palavras ditas
e lendo todos aqueles livros
achando que tudo aquilo nos salvaria.
Agora nada é mais como dantes.
Quem se importa
se
escassearam
as palavras?
E de sede
estamos perecendo agora.
Sede
Sedento
de algo,
mas agora tudo soa o mesmo
- E isso é uma merda -
Perdi-te em algum ano meu camarada
Você (e eu) ficou para trás
presos na memória
"de outrora". A pena quase escreveu,
mas agora o tempo e as palavras
são outras
não fazem sentido algum...
e tudo isso é uma merda, eu juro...
Não consigo achar as palavras
mais bacanas enquanto as escrevo
no papel.
Elas vão aparecendo e tornando-se
sem graças...
Escrever não é exercício,
tem que ter inspiração.
Senão da mão do poeta
as caligrafias do bêabá
seriam sinfonias para nossos olhos...
Eu escrevo
E  escrevo
E  nada!
Nado nas palavras
e pesco os clichês...
Droga!
Letras, vocês me salvaram tanto
algum dia...
E agora me deixam,
mal acostumado...
Sobraram-me as canções
por enquanto...
Daqui a pouco
vou perceber
que realmente
não eram nada demais...realmente...*%$@#


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Os poemas tinham que ser lindos,
arrebatadores.
Extraindo como uma broca de dente
o ciso escondido,
rasgando a carne,
sangrando mostra-se a você.
Puxando do fundo
tudo aquilo que queríamos dizer
mas por algum motivo
não consumou...
Incompetência?
Você sente inveja,
o ama,
venera
e odeia.
Assim é um bom poema.
Tiro e Queda.
Como um corpo estatelado na calçada.
Não sobra nada na cuca.
Tá tudo lá esparramado no chão.
Sangue Azul Tinta
no papel.
Raaaaaaaaaaaaasg______________

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um risco na carne desvelando a (C)alma.




Rodrigo Chagas
18/06/07

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